28 de dezembro de 2009

f

Yes, I really love you.

26 de dezembro de 2009

color of the world

Já viste como está bela a cor do mundo? Hoje está deslumbrante como nunca antes a tinha visto. Cor do mundo? Nunca vi tal coisa, nem sequer ouvi falar. Pois com certeza que não, ainda és inocente com os olhos fechados. Mas explica-me melhor o que é isso da cor do mundo? E porque é que eu com estes olhos mais abertos que arregalados não enxergo essa tal cor deslumbrante? Eu não sei se te consigo explicar o que é a cor do mundo. É difícil de arranjar as palavras certas que o expliquem. Afinal é algo que vês com os teus sentidos, não algo que vejas com o teu sentido. Acho que percebo menos agora do que antes. É-me complicado, mas sei te dizer o porque de não veres. Então? É pela mesma resposta que te dei do que é a cor do mundo. Ah, nesse caso ainda não entendi nada. Um dia irás ver e nesse dia vais perceber as minhas palavras e o meu embaraço nelas.

Hoje vi a cor do mundo. Tiveste pouca sorte no dia. Pois claro, estava escuro e malicioso, senti medo. Não o temas, é só uma cor. Mas é a fala do mundo e eu percebi o que lhe ia dentro da entranha. E quem não é coisa que tenha o seu dia menos bom? Isso é coisa bem dita, mas mesmo assim não deteve o aperto em todo o meu corpo, que se espremeu até tremer. Oh jovem com maturidade, não te arrelies com tal coisa. Amanhã será um novo dia e novo dia nova cor. Como tudo, o mundo não é diferente. Deposito fé nisso. Deixa-me acrescentar que também hoje percebi. Percebeste? Sim, entendi o porque de não ver e o porque de não conseguir a explicação do que é a cor do mundo. Assim sabia que seria. No entanto pensei e quero afirmar que a cor do mundo é como tudo o que nós… espera eu tenho a palavra... é como tudo o que nós não conseguimos explicar mas sabemos. É como a eterna incógnita de tudo o que nos faz a pergunta porque. Concordo contigo, mas pode ter uma maior explicação que essa e por isso é que por mais que tentes, a grandiosidade da cor não vai ter lugar na tua lábia nem da de ninguém, tal como tu. (...)

11 de dezembro de 2009

ida sem regresso

E se não conseguires, Se não conseguir, não terei perdido mais que os passos para lá e para cá, e as palavras que lhe disser, respondeu ela (…) Melhor louca que medrosa (…) Sim tinha medo, medo de falhar, medo de não ter palavras suficientes para convencer (...)

Caim


Eu nem te consigo olhar nos olhos. É uma sensação que me extasia o corpo, vem bem cá de dentro e que me deixa cansado. Cansa-me o pensamento e o próprio cerne do ser. Tenho medo de não ser corajoso, querias uma maior incerteza? Não há fórmulas que me ajudem, nem derivadas que tenham a solução do mais ou menos. O passo é seguro por uma corda, no instante em que ia tropeçar, cair. Antes cair e ficar certo, a ficar como fiquei. No mesmo meio de fluidez sem muito por onde crescer.

Já não há preocupações que me apoquentem, são banalizadas diariamente, no momento em que outras aparecem. Disseste-me ontem que podia ganhar um grande sim. Cada letra desta palavra ganhou tamanho consciência na minha mente que fiquei pequeno, enterrado, quase a sufocar, por isso agora morri, o ar acabou e estou morto. A minha cova é a dúvida, a terra que me cobre todo o remexido e mexido de vivencia que não aconteceu. É o impasse, por mais que estique a perna ele não me deixa ultrapassá-lo, impasse, impasse, impasse. Foi anteontem, ontem, hoje, amanhã e depois. Fica, permanece e não vai.

Este ano só pedi ao Santa um único presente de Natal e não foi a paz no mundo, porque essa muitos já pediram, pedi a paz na minha cogitação, subordinada a si.