15 de maio de 2010

açnadum

Não te conheço.
Adormeci sem me ver uma última vez. Quando acordei já se tinha ido, a imagem do eu ontem. Comecei o dia a conhecer-me. Estranhamente gosto de café hoje. No armário empilhado de roupa, só encontrei um conjunto que ficasse minimamente bem, apresentável. Estou a ver que hoje sou esquisita. Olho as crianças no jardim, sentada num banco virado para a relva da frente. Uma delas sorri para mim, agradou-me. No jantar penso que não me posso olhar hoje de novo, antes de adormecer. Não gostei do meu ser, amanhã será melhor.
Não me conheço.