2 de abril de 2010

Lord.knows

Corri como flecha quando vi a linha da meta. Senti a fita a enrolar-se no meu corpo quando a cruzei. Foi excelente a sensação de esforço conseguido. Quando me virei para festejar com os outros percebi que não lá estavam, ninguém. Foi tudo um sonho de menina que fecha os olhos e sonha. Na verdade não venci, nem com ela mesmo. No meu caso não era sorte, nem azar. Não era trabalho, nem esforço. No meu caso eram pessoas. Aquelas que nos rodeiam e que por mais sós que sejamos, elas dão sentido à nossa vida. Foi uma pessoa que me fez ver que posso perder. Me fez ver que a vitória às vezes só pertence à imaginação do senhor rei do respirar. Mas essa pessoa também me fez ver uma outra coisa que não sabia ser verdade, fez-me ver que esta anterior nem sempre é a chave da liberdade. Por vezes ela é a ferida que não cicatriza, a ferida que arde e dói. Mas houve um dia antes de todos estes, em que uma outra pessoa, que se nomeia de existência, me ensinou uma coisa, que eu nos dias de hoje ainda acredito, o fruto que colhes é da semente que plantas. Assim te pergunto em tom de despedida pessoa, a tua colheita será de bom princípio?

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