4 de junho de 2010

céu limpo

Houve um dia em que cai da terra e avoei no céu. Era tudo ao contrário, o mais estranho era estar tudo certo. Não havia nada e tinha toda a coisa. Faltava-me tudo mas não sentia saudade. Os meus olhos estavam de fora, conseguia ver as 11 dimensões em 360 graus. Em toda a compreensão, só havia duas dúvidas. Foi aí que percebi que não era meu destino ser um ser dali. Tinha pés que me faziam cair, tinha mãos que deixavam tocar. Era o sujo no limpo. Peguei nos meus olhos e juntei perto da boca para saber se ainda estava dentro de mim. Estava e girei, caí em direcção à Terra e aterrei. Era um ser dali. Naquele momento percebi que lá no cimo onde avoei, havia uma terceira dúvida, como conseguia eu cheirar a água sem o meu nariz.

fica a nota

A felicidade é um termo que conheço mas não sei como o definir. Deixa-me extasiada, sorridente e às vezes nem tem efeito físico. É só uma explosão de energia pelos meus neurónios. Estar feliz é bom. A melhor das felicidades e com dúvidas de que se possa qualificar, é aquela que aparece depois da tristeza, depois do lado negro físico e psicológico, do lado negro do coração ser a nossa inspiração. Essa felicidade é a felicidade regeneradora, aquela que nos faz ver que afinal a felicidade é uma corrente e que quando a interrompes, só a tens de conectar de novo para acontecer. Percebemos aí que sempre fomos felizes, que podemos sempre voltar a ser, sem deixar de o ter sido. Acredito que a tristeza seja um acto de felicidade, é o lado em que se aprende mas não se sorri, o lado em que o coração bate mas no batimento errado, é o lado mau do bom da felicidade. Ela está sempre lá, só temos de procurar e buscar o bom, o bom. Eu hoje fui feliz, ontem também e antes de ontem. Tenho sido feliz e a minha corrente não se vai interromper tão cedo. Assim o espero. A felicidade é companheira da vida, estima-a.