4 de junho de 2010

céu limpo

Houve um dia em que cai da terra e avoei no céu. Era tudo ao contrário, o mais estranho era estar tudo certo. Não havia nada e tinha toda a coisa. Faltava-me tudo mas não sentia saudade. Os meus olhos estavam de fora, conseguia ver as 11 dimensões em 360 graus. Em toda a compreensão, só havia duas dúvidas. Foi aí que percebi que não era meu destino ser um ser dali. Tinha pés que me faziam cair, tinha mãos que deixavam tocar. Era o sujo no limpo. Peguei nos meus olhos e juntei perto da boca para saber se ainda estava dentro de mim. Estava e girei, caí em direcção à Terra e aterrei. Era um ser dali. Naquele momento percebi que lá no cimo onde avoei, havia uma terceira dúvida, como conseguia eu cheirar a água sem o meu nariz.

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