31 de outubro de 2009

Marioneta de cordas

Olhar em frente e ver o verdadeiro vazio, desejando saber se serei marioneta de cordas na minha mão ou na d'Ele. Na tentativa conseguida de olhar em volta, apenas para os lados, vislumbro aquilo a que chamo vida. São milésimos de segundo, porções microscópicas de tempo que percorro, uma maratona apenas com um fim.
Disseram-me um dia "que a vida é o presente, e que o futuro se constrói com base no passado", mas há também quem diga que o passado é algo fictício, que não existe, simples memórias. A questão é: "o futuro existirá?". Se existe tem base em nós, em alguém, ou apenas no mundo como um grande contador de histórias?
Sou um animal, um ser humano, uma mulher, sou eu. Sendo eu tenho medo, medo do factor não ter certeza de conquistar o que quero. Porque de certo modo queria que o destino fosse pré-destinado, mas por outro tira o valor do sentido vida em mim, pois sei que assim é tirar os lucros em nós da conquista . E eu quero ser conquistadora. Quero olhar para a frente e saber que o que ali for construído fui eu com vida que conquistei. E não olhar em frente e saber que aquilo que quero conquistar já foi conquistado, que aquilo que quero conquistar não vai ser conquistado.

Dualidade de desejos, a grande incógnita. A resposta nunca terei, ou então, na terra onde o nunca existe eu saberei. Não será num dia, mas sim na vida com o nome de morte.

06.06.08

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